Xadrez Paulista
Marta Suplicy desiste de
disputar prefeitura de São Paulo
Marta
Suplicy desiste de disputar prefeitura de SP
Fonte: Revista Época
A senadora afirma que "tudo indica" que o ministro da Educação, Fernando Haddad, deve ser o candidato petista nas eleições paulistanas.
A decisão de Marta em abrir mão da pré-candidatura deve evitar que o PT realize prévias –marcada para o dia 27 deste mês – para a escolha do candidato da legenda que disputará a sucessão do prefeito Gilberto Kassab em 2012. Marta levou em consideração o pedido da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula para deixar essa disputa em prol da candidatura de Haddad.
A direção do PT acredita que os outros pré-candidatos – os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e o senador Eduardo Suplicy – vão seguir Marta, abrindo mão dessa disputa, mesmo que oficialmente eles neguem. Para o PT, numa disputa municipal que promete ser muito acirrada, o ideal é o partido caminhar unido, desde já, em torno do nome de Fernando Haddad.
Ao anunciar sua desistência, Marta disse que o nome do ministro da Educação, Fernando Haddad, ganha força e que, embora não tenha definido quem apoiará em uma eventual prévia do partido, estará ao lado de quem for o escolhido para concorrer à sucessão de Kassab (PSD). "Tudo indica que vai ser o Haddad", afirmou a senadora. "À candidatura que o PT escolher eu vou me dedicar", afirmou, visivelmente emocionada.
Marta contou que ficou muito sensibilizada com os apelos de Dilma e Lula. "Eu não teria condição de dizer não. É de coração que eu estou saindo dessa disputa", disse. Ela também negou que na conversa de segunda-feira (31) com a presidente tenha sido abordada a inclusão de seu nome no rol dos ministeriáveis de uma eventual troca de ministros. "Nunca entraria nesse tipo de conversa com ela", afirmou.
Segundo a parlamentar, o primeiro a ser informado de sua desistência foi o ex-presidente Lula, com quem conversou nesta manhã por telefone. "Ele está com uma voz ótima", disse. Ela contou que o ex-presidente está ansioso para voltar ao trabalho no Instituto Lula e que a convidou para almoçar na próxima semana.
Em 17 minutos de entrevista, a senadora afirmou que tinha muita vontade de disputar a prefeitura da capital paulista e "de voltar a ser prefeita da minha cidade, de recomeçar o que eu queria e não consegui fazer", mas que abriu mão porque chegou à conclusão de que a prévia dentro do partido, com seu nome concorrendo à indicação dos petistas, seria danosa para a sigla. "Não tem porque ir para um enfrentamento, ia estraçalhar a nossa militância. E uma prévia é uma prévia", afirmou Marta.
A senadora ressaltou o espírito aguerrido dos militantes do PT e que levou em consideração sua personalidade forte e combativa na decisão que tomou. "Eu sabia que se eu entrasse, ganhando ou perdendo, todos perderiam. Eu tenho um partido e quero que ele chegue à Prefeitura de São Paulo", afirmou. "Não seria muito produtivo (entrar na disputa), não seria um debate que valeria a pena."
Embora não tenha recebido o apoio de nenhum dos 11 vereadores paulistanos em favor da sua candidatura, Marta disse que o apoio das militâncias regionais era o que dava forças para ela seguir na disputa. "Foi isso que me deu sustentação", afirmou. A parlamentar disse que agora vai se dedicar ao Senado, como "um soldado" do partido. "A minha ida para o Senado é a coisa certa (a se fazer) e o pedido deles (Dilma e Lula) é irrecusável.”
Marta não deixou claro o que pensa sobre a manutenção das prévias, marcadas para o próximo dia 27 e afirmou que ainda não conversou com nenhum dos outros pré-candidatos - os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e o senador Eduardo Suplicy, além de Haddad - sobre uma eventual declaração de apoio.
Marina Silva quer partido para atuar já em
2012
Ex-senadora quer consolidar seu projeto político para a disputa presidencial de 2014
O lançamento será feito durante um ato político e terá caráter suprapartidário, segundo os organizadores. A meta do grupo político ligado à senadora, que saiu das eleições presidenciais do ano passado com um cacife político respeitável, lastreado por quase 20 milhões de votos, é lançar mais sete comitês estaduais até o final de novembro. O próximo será no Ceará. Entre janeiro e fevereiro do próximo ano devem ser instalados outros dez.
“O objetivo do lançamento de uma base em São Paulo é congregar todas as forças políticas que buscam novas formas de fazer política”, diz Maurício Brusadin, um dos principais articuladores do movimento no Estado.
Ex-presidente do diretório estadual do PV, partido do qual se desligou em junho, ao lado da ex-senadora, Brusadin também vê a iniciativa como uma boa oportunidade de debate das eleições municipais: "A discussão do programa Cidades Sustentáveis, que define metas municipais em áreas consideradas prioritárias, como educação, saúde e meio ambiente, também servirá para balizar o apoio do movimento a essa ou aquela candidatura municipal em 2012".
Desde que deixou o PV, Marina tem dito que apoiará candidatos municipais que se identifiquem e apoiem aquele programa. Os organizadores do evento em São Paulo devem convidar políticos de diferentes partidos, do PSOL ao PSDB. A lista inclui Walter Feldman (PSDB), secretário de Gilberto Kassab, Carlos Giannazi (PSOL), Luiza Erundina (PSB), Soninha Francine (PPS). Deputados estaduais e federais do PV também serão convidados.
Em várias partes do Brasil o grupo da ex-senadora vem procurando se aproximar de setores do PSOL. Formalmente, ela tem dito que o movimento não tem nenhum objetivo partidário nem eleitoral. Insiste que o objetivo é agregar forças para discutir novas formas de organização política no século 21.
Extraoficialmente, porém, parte dos integrantes do movimento veem nele o embrião de um futuro partido - sem o qual seria impossível conquistar espaços e influir no quadro político. Acham impossível, pelo menos por ora, qualquer mudança política que permita o lançamento de candidaturas avulsas, sem sigla partidária, como deseja Marina.
Meirelles vai para o PSD e pode disputar a
Prefeitura de São Paulo
O ex-presidente do Banco
Central Henrique Meirelles mudou seu domicílio eleitoral para São Paulo e
trocou o PMDB pelo PSD. Ele pode disputar a prefeitura pelo partido de Gilberto
Kassab

Meirelles, que atualmente é presidente do Conselho Público Olímpico, órgão criado para coordenar as obras necessárias à realização das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, foi recrutado pelo atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o idealizador do PSD. Nesta sexta, ao confirmar a mudança de seu domicílio eleitoral de Anápolis (GO) para São Paulo, Meirelles foi evasivo sobre a possibilidade de se candidatar. “Vamos ver”, disse ele ao portal G1. Se for para a disputa, Meirelles não chegará sem saber onde está pisando. Ele é atualmente presidente do Conselho Diretor da Associação Viva o Centro, uma entidade que atua buscando o desenvolvimento da região central de São Paulo. Seu mandato de dois anos expira neste ano. Até a filiação do ex-presidente do Banco Central, o favorito para disputar a Prefeitura de São Paulo era Guilherme Afif Domingos, atual vice-governador do Estado e que, como Kassab, deixou o DEM rumo ao PSD. Se o plano inicial for mantido, o PSD não perde nada. Ao levar Meirelles para o PSD, Kassab consegue também trazer um nome de peso para a sigla, que até agora tem uma grande quantidade de políticos sem expressão nacional.
O PSDB, a sigla que Lula diz estar "entricheirada" em São Paulo, deve realizar prévias. Há quatro nomes cotados entre os tucanos. O mais forte é o de José Serra, candidato a presidente da República em 2010, mas que ainda não divulgou seus planos para 2012. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e os secretários estaduais Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) também estão na disputa.
A especulação sobre a possível candidatura de Meirelles acirra ainda mais a disputa pelo controle da maior cidade do país. O ex-presidente Lula, que comanda as alianças do PT para as eleições de 2012, estabeleceu São Paulo como a prioridade do partido pois a cidade virou, segundo ele, a "principal trincheira da oposição" ao "projeto nacional" do Partido dos Trabalhadores. Lula tenta viabilizar a candidatura do Ministro da Educação, Fernando Haddad (cujas chances de vitória ainda são duvidosas), mas enfrenta resistência dentro do partido. A senadora Marta Suplicy, que já comandou a cidade, é um dos nomes mais fortes, e conta com apoios como o do líder do governo federal na Câmara, Cândido Vaccarezza. Seu ex-marido e também senador Eduardo Suplicy também quer a vaga. E, recentemente, o nome do deputado federal Carlos Zaratini foi outro que surgiu dentro do PT para disputar o cargo.
Aliado do PT no plano nacional, o PMDB terá candidato próprio. O nome escolhido é o do deputado federal Gabriel Chalita (ex-PSDB e ex-PSB), cujo nome foi referendado pelo vice-presidente da República, Michel Temer. Outro nome que o PT provavelmente apoiaria em um eventual segundo turno é do ex-vereador Netinho de Paula (PC do B), que ficou perto de uma vaga no Senado no ano passado.
Outros que são pré-candidatos são o ex-deputado federal Celso Russomano (PRB), o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT), presidente da Força Sindical, a ex-vereadora Soninha Francine (PPS) e Luiz Flávio Borges D’Urso (PTB), presidente do escritório paulista da Ordem dos Advogados do Brasil.
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