O ministro Celso de Mello, o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), já lera mais da metade do seu voto quando o ex-presidente Lula desceu para a garagem do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo. Sem ninguém ao seu lado, além do segurança, e exibindo a fisionomia bastante cansada, Lula embarcou no carro e seguiu para o apartamento dele, a poucos quarteirões dali. Passara as últimas 10 horas no prédio de quatro andares que abriga a sede da entidade da categoria. Àquela hora da noite em que Lula saiu sem ser visto, alguns militantes com camisetas vermelhas, integrantes do MST, duas senhorinhas com os casacos do uniforme laranja da Petrobras e outros resistentes eram o público que sobrara no Sindicato. No último andar, no restaurante, poucas mesas reuniam sindicalistas a discutir e, principalmente, a tentar entender o que acontecera. Jornalistas que estiveram por lá desde a hora em que Lula chegou no final da manhã relatam que, mais cedo, quando havia expectativa ...
As ideias de Margaret Thatcher são inspiradoras para todos os governos que queiram ser chamados de responsáveis. Nas palavras do ex-presidente americano Ronald Reagan (1911- 2004), seu maior aliado, a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher era “o melhor homem da Inglaterra”. Os soviéticos, seus principais inimigos, a batizaram de “a Dama de Ferro”, a alcunha pela qual se tornou conhecida. O ex-presidente francês François Mitterrand (1916-1996), um socialista que procurava cultivar com Thatcher uma relação cordial, dizia que ela tinha “os olhos de Calígula e os lábios de Marilyn Monroe”. E, no Reino Unido, seus críticos – um grupo heterogêneo composto de radicais de esquerda, sindicalistas e até por alguns de seus companheiros do Partido Conservador – preferiam chamá-la apenas de TBW, a sigla em inglês para that bloody woman (“aquela maldita mulher”). Thatcher despertava – e ainda desperta – a fantasia de seus fãs e de seus opositores como...
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