O DESAFIO DO PODER
No momento em que se tenta criar uma nova concepção de política partidária no Brasil, ficam perguntas soltas no ar: por que queremos mudar? A onde foi que falhamos?
A ideologia de uma esquerda universal não contempla as carências de um povo tão complexo como é o povo brasileiro. São línguas diferentes em um mesmo país, são raças misturadas em gênero e numero que, de igual, só tem a cor do sangue. O coração guarda a voz das origens, como um grito de alma preso na garganta.
A reconstrução da visão partidária passa pela aceitação das diferenças básicas de cada ser humano, é uma política de administração expectativas.
O que a comunidade quer? O que ela precisa? Quais são os desejos da vaidade política dos nossos governantes? E o que a consciência cidadã manda fazer? Como definir entre tantas vontades qual é a mais importante; eu, como indivíduo, posso querer uma praça com um grande chafariz no meio, como coletividade, posso precisas de uma rede de esgoto; a praça fará bem a minha alma, sanando sua necessidade de ver o que é belo, a rede de esgoto fará bem a minha saúde. Mas, o que adianta ter saúde em um mundo cinza, se a tristeza, também mata.
Como se pode ver, as necessidades podem variar, mas são todas básicas para quem as tem. Como ação política eu posso dar o esgoto, que é a primícias da carência comunitária, deixando a praça para outro; minha consciência estará em paz, pois fiz o que era certo. No confronto das urnas descubro que perde. Por quê? Eu fiz o que era certo, mas, perde. Certo é que aquilo que está longe dos olhos, nem sempre da votos.
Podemos, também, fazer uma política vistosa de encher os olhos com grandes super produções, este caminho torna a continuidade mais fácil e gera um grande ganho pessoal. É uma grande contradição, mas é mais fácil manter o poder trabalhando contra o povo do que por ele.
Há na política Brasileira o grande vicio de transformar tudo em pão e circo, tudo está bem dês que não falte o mínimo para sobreviver e não faltem às festas de calendário ou as inventadas, os carnabelos da vida; vida esta que corre o risco de parar por falta de atendimento medica nos hospitais publico. A política pode se tornar, aos olhos do povo, um carnaval de contradições.
Para compreender um povo como é o povo Brasileiro, e preciso mergulhar dentro de sua alma. Povo de aparente memória curta, que define seu futuro pelas emoções, não pala frieza da razão. É difícil conquistar a confiança do povo Brasileiro, é um processo que requer paciência, é no dia-a-dia que se descobre a maneira de pensar de uma gente tão plural. Enganam-se quem pensa que a confiança conquistada é moeda eterna. O povo dá, o povo toma. E o banco das ilusões fecha as portas por inadimplência de confiança. A confiança é como uma flor em botão: tem de ser cultivada com carinho, cuidada com atenção e alimentada com a verdade.
O cultivar é o servir sempre e bem, o cuidar é dado pelo ouvir com atenção e paciência as queixas e as opiniões, e a verdade é alimento puro, sem maquiagens; com dizem os mais velhos: mais vale uma verdade amarga do que uma mentira doce.
A ideologia é boa para a militância, não impressiona o povo. O povo vota nas pessoas por confiança ou revolta, não importa a ideologia política. Mesmo quem se diz de esquerda ou de direita, mal sabe o que é isto, no final das contas, o que prevalece é a eterna luta do capital contra a miséria, o rico contra o pobre, dois países que não se misturam e que não se suportam, mas que estão presos como irmãos siameses que não podem ser separados.
A nova política é de berço; ela deve formar a consciência coletiva superior, acima das ideologias, para o bem comum e ganho geral. É nas crianças que vamos encontrar a matéria prima da nova política, a política da participação comunitária.
Uma nova política requer uma nova militância, mais participativa, mais popular e de mobilização permanente. É preciso integrar a juventude no projeto de reconstrução da sociedade, dando vês as suas idéias e iniciativas. A troca de idéias desenvolvera na juventude, o senso critica e plantará a semente de uma nova política partidária. A política é feita por idéias, e quanto mais participação ouvir, menos ruim a política será.
A nova política é voltar ao útero da democracia, e, admitir que todo poder emana do povo e para o bem dele será exercido.
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