POR QUE PERDEMOS?
POR QUE PERDEMOS?
Toda derrota trás em se a arrogância do vitorioso de véspera. Começamos a perder coando entramos em um jogo com a presunção da vitória fácil, imaginamos que a vitória existe para satisfazer nossa vaidade, ela é escrava de nossa vontade, a vitória só existe para me fazer felizes, a vitória torna-se a Lua que gira entorno do prepotente, de quem pensa ser o centro do universo. Toda derrota é igual, a diferença está no caminho escolhido para escorregar no lodo do fracasso.
Sem querer ter a pretensão de ensinar política para os amadores, eu tomo a liberdade de escrever o que vi al longo dos anos em que brinquei de fazer política. Vi políticos experientes perderem eleições, aparentemente fáceis, e políticos de fundo de quintal saírem do anonimato para vencerem eleições, tidas como impossíveis de serem vencidas.
Qual é o elemento determinante para conduzir uma campanha eleitoral pela estrada segura do sucesso, celebrando no final da jornada, a vitória? Quais os erros que levam ao fracasso de um projeto eleitoral; o que determina o choro amargurado do derrotado? O que há em comum entre a derrota e a vitória..? O nascimento. O planejamento de uma campanha eleitoral, a forma como ela é criada determina o resultado final. O planejamento de uma campanha eleitoral é um processo dinâmico que deve variar com o bio-ritimo dos personagens envolvidos na peça, como atores que atuam sobre o tablado, políticos e eleitores representam as duas faces da mascara: o drama e a comedia. Os bambus nus dão uma amostra de como deve ser o planejamento inteligente de uma campanha eleitoral; eles vergam ao sabor das tempestades, navegam pelas tormentas e entregam-se as forças do momento, sem resistência, com flexibilidade para não quebrar. O calor do momento determina os rumos que uma campanha deve tomar, por este motivo, um bom planejamento deve levar em conta a flexibilidade, prever mudanças de rumos, ajustes que são obrigatórios dentro da realidade eleitoral.
DERROTA DO PT EM 96.
Em 96 eu estava no PT, foi minha primeira campanha eleitoral, eu era, como a maioria dos militantes, extremamente motivado pelo momento eleitoral, tínhamos sobre os ombros o peso da responsabilidade de promover a continuidade de um modelo administrativo marcado pelo desenvolvimento das camadas mais pobres da sociedade, uma administração que era a menina dos olhos do PT em Minas Gerais, o prefeito Patrus Ananias era um Moisés que conduzia com fraternidade cristã, os deserdados da sociedade civil para o paraíso da inclusão social. Patrus Ananias era uma figura carismática, e tinha uma forte aprovação popular, substitui-lo deveria ser fácil, afinal os eleitores reconheciam a boa administração do PT em Belo Horizonte; com está idéia foi pensada a campanha eleitoral do PT para a sucessão em BH. Avia um engano na forma como a situação do PT foi vista dentro daquele momento político, os louros da vitória eram para o prefeito Patrus Ananias, não para o PT, logo, o desejo de continuidade, demonstrado pala população, dizia respeito a um candidato que fosse parecido, na forma de pensar e agir, com o prefeito Patrus Ananias, PT era, dentro desse filme, um personagem de figuração.
O PT estava dividido, avia um embati interno entre dois blocos políticos: o Renovar é Preciso e o Revitalização, dois movimentos opostos que lutavam pelo poder dentro do partido. Virgilio Guimarães e Rogério Correia queriam a continuidade da administração da Prefeitura com um candidato do PT, o candidato deveria ser Virgilio Guimarães, Nilmário Miranda, queria uma continuidade com o Doutor Célio de Castro, vice-prefeito, que era a pessoa que reunia as qualidades buscadas pelos eleitores naquele momento, a vitória do Dr. Célio, dentro de uma coligação com o PT PSB parecia certa. Sem entendimento, a decisão foi remetida para dentro da Convenção do partido, uma Convenção confusa, marcada por acertos feitos ao pé da orelha, um verdadeiro conchavo entre as partis divergentes. Virgilio Guimarães saiu candidato a Prefeito pelo PT, o partido foi para campanha eleitoral dividido, à militância, ponto forte dentro do PT, sentiu o impacto daquela decisão equivocada do partido, e foi para as ruas com mais duvidas duque certezas sobre a vitória do PT.
1º Erro do PT: impor um candidato que não correspondia aos desejos do eleitorado, um candidato que já avia sedo testado e rejeitado pelas urnas, um candidato que fortalecia as divisões internas e que era politicamente mais fraco do que o Dr. Célio de Castro.
2º Erro do PT: Confiar nas pesquisas eleitorais, sem levar em conta o futuro. Virgilio Guimarães tinha, antes do começo da campanha eleitoral, um bom índice dentro das pesquisas de intenção de votos, eram úmeros animadores que levavam a crer em uma vitória.
As pesquisas dão um quadro do espírito do eleitor no momento em que ela é feita, um instantâneo que pode durar muito pouco, o eleitor, como as nuvens, muda de prioridades sem aviso, interage com a noticia do momento, com a crise que gera manchetes e cria nele insegurança. Uma morte violenta de uma criança leva a sensação de insegurança publica, o ao mento da inflação sugere crise na economia, a morte de um paciente na fia do hospital publico, denúncia o caos da saúde, e assim de crise em crise o humor do eleitor muda e faz oscilar os indicadores das pesquisas eleitorais, o candidato com a melhor proposta no momento em que a pesquisa foi feita, sobe; esse é o efeito montanha russa. Antes de começar a campanha eleitoral, Virgilio Guimarães estava bem posicionado nas pesquisas, durante a campanha, ele foi caindo de vagar e com Constancia, o PT esperava que o quadro se revertesse com o avanço da campanha, com a força das propostas de campanha, pela influencia da administração do prefeito Patrus Ananias. Só que Virgilio Guimarão não convencia como continuador da administração do prefeito Patrus Ananias, e, o PT não deu respostas convincentes às duvidas dos eleitores, logo a queda não parou. Como ato desesperado, os organizadores da campanha do PT, decidiram atacar de forma pessoal o Dr. Célio de Castro, que vinha crescendo e ameaçava tirar o PT do segundo turno. Foi um tiro no pé, sem consistência, as acusações feitas contra o Dr. Célio viraram bombas que vaporizaram o que restava da candidatura de Virgilio Guimarães.
As pesquisas são ferramentas fundamentais dentro da estratégia de uma campanha eleitoral, devem ser vistas com cautela, são interpretativas, e às vezes, enganam a primeira vista. Como o termômetro mede a temperatura de uma pessoa, as pesquisas medem a temperatura do animo do eleitor. Para febre: Dipirona, para o eleitor: esperança de mudanças. Muitas vezes um placebo basta, afinal, o eleitor é um hipocondríaco que vê em cada crise o fim do mundo. Na política todo fim leva a um novo começo.
3º Erro do PT: a rigidez dentro da política pode levar a inviabilizar um projeto eleitoral. O PT sempre teve dificuldades em firmar acordos com outras forças políticas; por que não abria mão da cabeça da chapa ou por ideologias partidária. A rigidez do PT em 96 levou o partido a um isolamento político. Com poucos aliados, a campanha do partido não avanço dentro de certos setores da sociedade.
Toda derrota trás em se a arrogância do vitorioso de véspera. Começamos a perder coando entramos em um jogo com a presunção da vitória fácil, imaginamos que a vitória existe para satisfazer nossa vaidade, ela é escrava de nossa vontade, a vitória só existe para me fazer felizes, a vitória torna-se a Lua que gira entorno do prepotente, de quem pensa ser o centro do universo. Toda derrota é igual, a diferença está no caminho escolhido para escorregar no lodo do fracasso.
Sem querer ter a pretensão de ensinar política para os amadores, eu tomo a liberdade de escrever o que vi al longo dos anos em que brinquei de fazer política. Vi políticos experientes perderem eleições, aparentemente fáceis, e políticos de fundo de quintal saírem do anonimato para vencerem eleições, tidas como impossíveis de serem vencidas.
Qual é o elemento determinante para conduzir uma campanha eleitoral pela estrada segura do sucesso, celebrando no final da jornada, a vitória? Quais os erros que levam ao fracasso de um projeto eleitoral; o que determina o choro amargurado do derrotado? O que há em comum entre a derrota e a vitória..? O nascimento. O planejamento de uma campanha eleitoral, a forma como ela é criada determina o resultado final. O planejamento de uma campanha eleitoral é um processo dinâmico que deve variar com o bio-ritimo dos personagens envolvidos na peça, como atores que atuam sobre o tablado, políticos e eleitores representam as duas faces da mascara: o drama e a comedia. Os bambus nus dão uma amostra de como deve ser o planejamento inteligente de uma campanha eleitoral; eles vergam ao sabor das tempestades, navegam pelas tormentas e entregam-se as forças do momento, sem resistência, com flexibilidade para não quebrar. O calor do momento determina os rumos que uma campanha deve tomar, por este motivo, um bom planejamento deve levar em conta a flexibilidade, prever mudanças de rumos, ajustes que são obrigatórios dentro da realidade eleitoral.
DERROTA DO PT EM 96.
Em 96 eu estava no PT, foi minha primeira campanha eleitoral, eu era, como a maioria dos militantes, extremamente motivado pelo momento eleitoral, tínhamos sobre os ombros o peso da responsabilidade de promover a continuidade de um modelo administrativo marcado pelo desenvolvimento das camadas mais pobres da sociedade, uma administração que era a menina dos olhos do PT em Minas Gerais, o prefeito Patrus Ananias era um Moisés que conduzia com fraternidade cristã, os deserdados da sociedade civil para o paraíso da inclusão social. Patrus Ananias era uma figura carismática, e tinha uma forte aprovação popular, substitui-lo deveria ser fácil, afinal os eleitores reconheciam a boa administração do PT em Belo Horizonte; com está idéia foi pensada a campanha eleitoral do PT para a sucessão em BH. Avia um engano na forma como a situação do PT foi vista dentro daquele momento político, os louros da vitória eram para o prefeito Patrus Ananias, não para o PT, logo, o desejo de continuidade, demonstrado pala população, dizia respeito a um candidato que fosse parecido, na forma de pensar e agir, com o prefeito Patrus Ananias, PT era, dentro desse filme, um personagem de figuração.
O PT estava dividido, avia um embati interno entre dois blocos políticos: o Renovar é Preciso e o Revitalização, dois movimentos opostos que lutavam pelo poder dentro do partido. Virgilio Guimarães e Rogério Correia queriam a continuidade da administração da Prefeitura com um candidato do PT, o candidato deveria ser Virgilio Guimarães, Nilmário Miranda, queria uma continuidade com o Doutor Célio de Castro, vice-prefeito, que era a pessoa que reunia as qualidades buscadas pelos eleitores naquele momento, a vitória do Dr. Célio, dentro de uma coligação com o PT PSB parecia certa. Sem entendimento, a decisão foi remetida para dentro da Convenção do partido, uma Convenção confusa, marcada por acertos feitos ao pé da orelha, um verdadeiro conchavo entre as partis divergentes. Virgilio Guimarães saiu candidato a Prefeito pelo PT, o partido foi para campanha eleitoral dividido, à militância, ponto forte dentro do PT, sentiu o impacto daquela decisão equivocada do partido, e foi para as ruas com mais duvidas duque certezas sobre a vitória do PT.
1º Erro do PT: impor um candidato que não correspondia aos desejos do eleitorado, um candidato que já avia sedo testado e rejeitado pelas urnas, um candidato que fortalecia as divisões internas e que era politicamente mais fraco do que o Dr. Célio de Castro.
2º Erro do PT: Confiar nas pesquisas eleitorais, sem levar em conta o futuro. Virgilio Guimarães tinha, antes do começo da campanha eleitoral, um bom índice dentro das pesquisas de intenção de votos, eram úmeros animadores que levavam a crer em uma vitória.
As pesquisas dão um quadro do espírito do eleitor no momento em que ela é feita, um instantâneo que pode durar muito pouco, o eleitor, como as nuvens, muda de prioridades sem aviso, interage com a noticia do momento, com a crise que gera manchetes e cria nele insegurança. Uma morte violenta de uma criança leva a sensação de insegurança publica, o ao mento da inflação sugere crise na economia, a morte de um paciente na fia do hospital publico, denúncia o caos da saúde, e assim de crise em crise o humor do eleitor muda e faz oscilar os indicadores das pesquisas eleitorais, o candidato com a melhor proposta no momento em que a pesquisa foi feita, sobe; esse é o efeito montanha russa. Antes de começar a campanha eleitoral, Virgilio Guimarães estava bem posicionado nas pesquisas, durante a campanha, ele foi caindo de vagar e com Constancia, o PT esperava que o quadro se revertesse com o avanço da campanha, com a força das propostas de campanha, pela influencia da administração do prefeito Patrus Ananias. Só que Virgilio Guimarão não convencia como continuador da administração do prefeito Patrus Ananias, e, o PT não deu respostas convincentes às duvidas dos eleitores, logo a queda não parou. Como ato desesperado, os organizadores da campanha do PT, decidiram atacar de forma pessoal o Dr. Célio de Castro, que vinha crescendo e ameaçava tirar o PT do segundo turno. Foi um tiro no pé, sem consistência, as acusações feitas contra o Dr. Célio viraram bombas que vaporizaram o que restava da candidatura de Virgilio Guimarães.
As pesquisas são ferramentas fundamentais dentro da estratégia de uma campanha eleitoral, devem ser vistas com cautela, são interpretativas, e às vezes, enganam a primeira vista. Como o termômetro mede a temperatura de uma pessoa, as pesquisas medem a temperatura do animo do eleitor. Para febre: Dipirona, para o eleitor: esperança de mudanças. Muitas vezes um placebo basta, afinal, o eleitor é um hipocondríaco que vê em cada crise o fim do mundo. Na política todo fim leva a um novo começo.
3º Erro do PT: a rigidez dentro da política pode levar a inviabilizar um projeto eleitoral. O PT sempre teve dificuldades em firmar acordos com outras forças políticas; por que não abria mão da cabeça da chapa ou por ideologias partidária. A rigidez do PT em 96 levou o partido a um isolamento político. Com poucos aliados, a campanha do partido não avanço dentro de certos setores da sociedade.
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